7 tipos de artesanatos nacionais

O Brasil é um país rico em cultura e diversidade, e isso se reflete na sua produção artesanal. O artesanato nacional é uma forma de expressão artística, cultural e social, que valoriza as tradições, as técnicas e os materiais locais. Além de ser uma fonte de renda para muitas famílias, o artesanato nacional é uma forma de preservar e divulgar a identidade e a história do nosso povo.

Neste artigo, eu vou te apresentar 7 tipos de artesanatos nacionais, que representam a variedade e a beleza do nosso país. Você vai conhecer as características, as origens e as curiosidades de cada um desses tipos de artesanato, e se encantar com as suas cores, formas e significados. Vamos lá?

1. Cerâmica

A cerâmica é um dos tipos de artesanato nacionais mais antigos e mais populares. Ela consiste na modelagem e na queima de argila, que pode ser pintada ou esmaltada. A cerâmica pode ser usada para fazer objetos utilitários, como pratos, panelas, vasos e jarros, ou objetos decorativos, como esculturas, bonecos e máscaras.

A cerâmica é uma arte que se desenvolveu em diferentes regiões do Brasil, e que reflete as influências indígenas, africanas e europeias. Alguns exemplos de cerâmica nacional são:

  • A cerâmica marajoara: originária da ilha de Marajó, no Pará, é considerada a mais antiga do Brasil. Ela se caracteriza pelos desenhos geométricos e zoomórficos, que representam animais, plantas e seres mitológicos. A cerâmica marajoara é usada para fazer urnas funerárias, estatuetas, potes e pratos.
  • A cerâmica de Caruaru: originária de Caruaru, em Pernambuco, é uma das mais famosas do Brasil. Ela se caracteriza pelo uso de cores vivas e pela representação de cenas do cotidiano nordestino, como o forró, a feira, o cangaço e o bumba-meu-boi. A cerâmica de Caruaru é usada para fazer bonecos, miniaturas, santos e animais.
  • A cerâmica de Cunha: originária de Cunha, em São Paulo, é uma das mais sofisticadas do Brasil. Ela se caracteriza pelo uso de técnicas orientais, como o rakú, o anagama e o noborigama, que conferem efeitos únicos às peças. A cerâmica de Cunha é usada para fazer vasos, tigelas, xícaras e esculturas.

2. Renda

A renda é um dos tipos de artesanato nacionais mais delicados e mais valorizados. Ela consiste na criação de desenhos e texturas com fios de algodão, seda, linho ou outros materiais, que podem ser entrelaçados, trançados, bordados ou crochê. A renda pode ser usada para fazer peças de vestuário, como saias, blusas, vestidos e lenços, ou peças de decoração, como toalhas, cortinas, colchas e almofadas.

A renda é uma arte que se difundiu em diferentes regiões do Brasil, e que reflete as influências portuguesas, francesas e holandesas. Alguns exemplos de renda nacional são:

  • A renda renascença: originária de Pernambuco, é uma das mais antigas e mais requintadas do Brasil. Ela se caracteriza pelo uso de agulhas, bilros e almofadas, que permitem criar desenhos complexos e detalhados, inspirados na natureza e na religião. A renda renascença é usada para fazer vestidos, toalhas, mantilhas e acessórios.
  • A renda de bilro: originária de Santa Catarina, é uma das mais populares e mais diversificadas do Brasil. Ela se caracteriza pelo uso de bilros, que são pequenos bastões de madeira, que são movimentados sobre uma almofada, seguindo um desenho pré-definido. A renda de bilro é usada para fazer colares, pulseiras, brincos e enfeites.
  • A renda filé: originária do Ceará, é uma das mais simples e mais criativas do Brasil. Ela se caracteriza pelo uso de uma agulha e um fio, que são usados para fazer uma rede de malhas, que pode ser preenchida com bordados, crochê ou apliques. A renda filé é usada para fazer bolsas, chapéus, xales e redes.

3. Cestaria

A cestaria é um dos tipos de artesanato nacionais mais práticos e mais ecológicos. Ela consiste na tecelagem de fibras vegetais, como palha, bambu, cipó, taboa, buriti ou carnaúba, que podem ser tingidas ou não. A cestaria pode ser usada para fazer objetos utilitários, como cestos, bandejas, baús e bolsas, ou objetos decorativos, como luminárias, quadros e esculturas.

A cestaria é uma arte que se originou com os povos indígenas, e que se adaptou às diferentes regiões do Brasil, de acordo com a disponibilidade e a diversidade dos materiais. Alguns exemplos de cestaria nacional são:

  • A cestaria guarani: originária dos povos guarani, que habitam os estados do Sul e do Sudeste do Brasil, é uma das mais tradicionais e mais resistentes do Brasil. Ela se caracteriza pelo uso de fibras de taquara, que são trançadas em espiral, formando cestos cilíndricos, que podem ter alças ou tampas. A cestaria guarani é usada para armazenar alimentos, utensílios e objetos pessoais.
  • A cestaria karajá: originária dos povos karajá, que habitam os estados do Centro-Oeste e do Norte do Brasil, é uma das mais coloridas e mais ornamentadas do Brasil. Ela se caracteriza pelo uso de fibras de buriti, que são tingidas com pigmentos naturais, e que são entrelaçadas em padrões geométricos, formando cestos quadrados, ovais ou hexagonais, que podem ter franjas ou pompons. A cestaria karajá é usada para transportar alimentos, bebidas e presentes.
  • A cestaria piauiense: originária do estado do Piauí, é uma das mais inovadoras e mais artísticas do Brasil. Ela se caracteriza pelo uso de fibras de carnaúba, que são torcidas, enroladas e costuradas, formando cestos de diferentes formatos, que podem ter desenhos, recortes ou relevos. A cestaria piauiense é usada para decorar ambientes, como salas, quartos e jardins.

4. Madeira

A madeira é um dos tipos de artesanato nacionais mais nobres e mais versáteis. Ela consiste no corte, no entalhe, na torneação, na marchetaria ou na pintura de madeira, que pode ser maciça, laminada, compensada ou reciclada. A madeira pode ser usada para fazer objetos utilitários, como móveis, utensílios, brinquedos e instrumentos musicais, ou objetos decorativos, como esculturas, quadros e relógios.

A madeira é uma arte que se espalhou por todo o Brasil, e que reflete as habilidades, as preferências e as necessidades de cada artesão. Alguns exemplos de madeira nacional são:

  • A madeira de Minas Gerais: originária do estado de Minas Gerais, é uma das mais ricas e mais variadas do Brasil. Ela se caracteriza pelo uso de madeiras nobres, como jacarandá, imbuia, cedro e peroba, que são entalhadas, torneadas ou marchetadas, formando peças de alto valor artístico e histórico. A madeira de Minas Gerais é usada para fazer móveis, santos, oratórios e presépios.
  • A madeira de Pernambuco: originária do estado de Pernambuco, é uma das mais expressivas e mais diversificadas do Brasil. Ela se caracteriza pelo uso de madeiras recicladas, como caixotes, pallets, portas e janelas, que são cortadas, pintadas ou coladas, formando peças de alto valor estético e sustentável. A madeira de Pernambuco é usada para fazer móveis, quadros, relógios e luminárias.

5. Couro

O couro é um dos tipos de artesanato nacionais mais resistentes e mais versáteis. Ele consiste no tratamento, no corte, na costura, na bordagem ou na pintura de couro, que pode ser de origem animal, como boi, cabra, porco ou jacaré, ou de origem vegetal, como cacto, mandioca ou abacaxi. O couro pode ser usado para fazer objetos utilitários, como bolsas, carteiras, cintos e sapatos, ou objetos decorativos, como tapetes, almofadas e painéis.

O couro é uma arte que se originou com os povos indígenas, e que se aprimorou com os povos sertanejos, que usavam o couro para se proteger do sol, da chuva e dos espinhos. Alguns exemplos de couro nacional são:

  • O couro de vaqueiro: originário do Nordeste, é um dos mais tradicionais e mais característicos do Brasil. Ele se caracteriza pelo uso de couro de boi, que é curtido, tingido e bordado com desenhos de flores, animais e símbolos regionais. O couro de vaqueiro é usado para fazer chapéus, gibões, perneiras e alforjes.
  • O couro de trançado: originário do Sul, é um dos mais refinados e mais elegantes do Brasil. Ele se caracteriza pelo uso de couro de cabra, que é cortado em tiras finas e trançadas em padrões variados, formando uma superfície lisa e uniforme. O couro de trançado é usado para fazer bolsas, carteiras, cintos e pulseiras.
  • O couro de pirarucu: originário do Norte, é um dos mais exóticos e mais sustentáveis do Brasil. Ele se caracteriza pelo uso de couro de pirarucu, que é um peixe de água doce, que tem uma pele grossa e escamosa, que é tratada, tingida e polida, formando uma superfície brilhante e texturizada. O couro de pirarucu é usado para fazer sapatos, sandálias, bolsas e acessórios.

6. Fuxico

O fuxico é um dos tipos de artesanato nacionais mais simples e mais charmosos. Ele consiste na confecção de pequenas flores de tecido, que são feitas com círculos de retalhos, que são franzidos e costurados no centro, formando pétalas. O fuxico pode ser usado para fazer objetos utilitários, como colchas, almofadas, cortinas e panos de prato, ou objetos decorativos, como guirlandas, bonecas, chaveiros e broches.

O fuxico é uma arte que se originou com as mulheres do interior do Brasil, que aproveitavam os restos de tecidos para fazer enfeites para as suas casas e para as suas roupas. Alguns exemplos de fuxico nacional são:

  • O fuxico de patchwork: originário de São Paulo, é um dos mais criativos e mais coloridos do Brasil. Ele se caracteriza pelo uso de tecidos estampados, que são combinados em diferentes padrões, formando flores de vários tamanhos, formas e cores. O fuxico de patchwork é usado para fazer colchas, almofadas, bolsas e aventais.
  • O fuxico de crochê: originário de Minas Gerais, é um dos mais delicados e mais sofisticados do Brasil. Ele se caracteriza pelo uso de tecidos lisos, que são envolvidos por uma borda de crochê, que pode ser simples ou trabalhada, formando flores de aspecto rendado. O fuxico de crochê é usado para fazer cortinas, toalhas, mantas e xales.
  • O fuxico de fita: originário do Rio de Janeiro, é um dos mais modernos e mais versáteis do Brasil. Ele se caracteriza pelo uso de fitas de cetim, que são dobradas e costuradas em forma de flor, que pode ter um botão, uma pérola ou um strass no centro. O fuxico de fita é usado para fazer tiaras, presilhas, colares e brincos.

7. Boneca

A boneca é um dos tipos de artesanato nacionais mais lúdicos e mais encantadores. Ela consiste na criação de bonecas de pano, que são feitas com tecidos, enchimentos, linhas, botões, lãs e outros materiais, que podem ser costurados, bordados, pintados ou colados. A boneca pode ser usada para brincar, para colecionar, para presentear ou para decorar.

A boneca é uma arte que se inspirou nas bonecas de outros países, mas que ganhou características próprias e regionais no Brasil. Alguns exemplos de boneca nacional são:

  • A boneca de pano: originária de vários estados do Brasil, é uma das mais antigas e mais queridas do Brasil. Ela se caracteriza pelo uso de tecidos de algodão, que são cortados e costurados, formando o corpo, a cabeça, os braços e as pernas da boneca, que podem ter cabelos de lã, olhos de botão, boca de linha e roupas de retalhos. A boneca de pano é usada para brincar, para colecionar e para decorar.
  • A boneca de milho: originária de Goiás, é uma das mais típicas e mais originais do Brasil. Ela se caracteriza pelo uso de palhas de milho, que são trançadas, enroladas e amarradas, formando o corpo, a cabeça, os braços e as pernas da boneca, que podem ter cabelos de barbante, olhos de semente, boca de linha e chapéu de palha. A boneca de milho é usada para brincar, para presentear e para enfeitar.
  • A boneca de biscuit: originária de São Paulo, é uma das mais modernas e mais personalizadas do Brasil. Ela se caracteriza pelo uso de biscuit, que é uma massa de porcelana fria, que é modelada, pintada e vernizada, formando o corpo, a cabeça, os braços e as pernas da boneca, que podem ter cabelos de lã, olhos de vidro, boca de tinta e roupas de tecido. A boneca de biscuit é usada para colecionar, para presentear e para decorar.

Espero que este artigo tenha te ajudado a conhecer um pouco mais sobre os 7 tipos de artesanato nacionais, que são uma forma de expressar a nossa cultura, a nossa criatividade e o nosso talento. O artesanato nacional é uma arte que merece ser valorizada, apreciada e divulgada, pois é uma parte da nossa identidade e da nossa história.

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